segunda-feira, 31 de maio de 2010

Operar na bolsa é como garantia de preço mínimo para o produtor


O agronegócio brasileiro, mais especificamente o mato-grossense vem mostrando que por meio de alternativas mercadológicas, como transações seguras na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), intermediada pelo hedge, é possível desenvolver uma produção expansiva e com isso obter lucro nas atividades.

O hedge nada mais é que do proteger a operação que está sendo negociada, ou seja, é uma ferramenta de proteção para o agricultor/pecuarista contra possíveis oscilações de preços, moedas e taxas de juros. "Todo produtor sonha com a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), e dentro da bolsa de mercadorias e futuros é possível fazer a proteção como se fosse a PGPM", diz o assessor de investimentos em agronegócio da Vestra Investimentos, José Portela.

De acordo com Portela, o mercado do agronegócio hoje em Mato Grosso tem um grande potencial, já que países como Índia e China são grandes consumidores dos produtos mato-grossenses. "O estado vem adquirindo um papel de destaque no cenário não só nacional, mas também internacional, aliando a sua vasta história dentro do campo, com capacidade de inovação e produção". Já os produtores têm futuro garantido, pois o consumo de alimentos é essencial.

O conhecimento, segundo o assessor, é a base para que o produtor saiba trabalhar com as ferramentas que a BM&F proporciona. A falta de orientação na hora da comercialização pode acarretar prejuízo, por isso é necessário o conhecimento de onde se está investindo, além de procurar uma empresa de assessoria que faça esse intercâmbio. Há também várias cooperativas e associações que fazem esse trabalho de orientação ao produtor no estado. Se o produtor mais tradicionalista se sente preocupado se deve ou não trabalhar com bolsa de valores devido ao custo, o assessor alerta que vale mais gastar com um investimento seguro, do que perder a produção devido a oscilações de preços e do clima.

Em Mato Grosso, atualmente, cerca de 3,4 mil CPF´s (Cadastro de Pessoas Físicas) são cadastrados na Bolsa de Valores. Perspectivas de grande potencial econômico não faltam para o agronegócio mato-grossense, que está investindo em tecnologia e qualidade, o que gera uma comercialização aceitável no mercado. Basta agora aprender a trabalhar com as ferramentas disponíveis no mercado na hora da compra e venda dos produtos.

BM&F no Brasil

O mercado futuro no Brasil teve início em 1917, quando foi criada a Bolsa de Mercadorias de São Paulo, que começou a negociar contratos futuros de algodão. Em 1991 fechou acordo com a Bolsa Mercantil & de Futuros, que tinha sido fundada em 1985 e negociava produtos financeiros. Em 1997 fechou novo acordo com a Bolsa Brasileira de Futuros, fundada em 1983 no Rio de janeiro, com o objetivo de fortalecer o mercado nacional de commodities.

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