quarta-feira, 7 de abril de 2010

Reunião Matinal – 7 de Abril de 2010

As incertezas sobre os problemas fiscais da Grécia voltaram ao radar dos investidores. A visita do
FMI, a partir de hoje, para fornecer consultoria sobre a melhoria das operações orçamentárias
ganhou importância muito maior diante dos rumores - desmentidos por autoridades gregas - de
que o país poderia renegociar o recente acordo de suporte financeiro elaborado pela União
Europeia. Na agenda de indicadores, destaque para os dados sobre o crédito ao consumidor nos
Estados Unidos o discurso de Bem Bernanke, presidente do FED.

A maioria dos mercados de ações asiáticos registrou ganhos nesta quarta-feira. Os bons
resultados dos balanços corporativos deram fôlego para os investidores. A Bolsa de Hong Kong
encerrou em seu mais alto nível em quase três meses, enquanto a Bolsa de Xangai, na China,
apresentou ligeira queda. As ações dos setores imobiliário e bancário permaneceram fracas por
conta das crescentes preocupações sobre novas medidas de aperto monetário, além de
movimentos para conter a alta dos preços dos imóveis.

Os Futuros de NY e as principais bolsas européias operam no campo negativo. A possibilidade de
aperto monetário na China ganha destaque com o anúncio de que o Banco do Povo chinês vai
retomar amanhã a venda de títulos de três anos em sua operação regular de mercado, pela
primeira vez desde junho de 2008. Com o objetivo de enxugar liquidez, a iniciativa é vista como
mais um passo rumo ao aperto monetário, antes de uma alta de juros. O governo chinês dá novos
sinais de que busca conter a inflação e a disparada do preço dos imóveis no país. A política
monetária da China é um assunto sensível para os mercados, uma vez que o país lidera a
recuperação econômica mundial, e um freio poderia desanimar as perspectivas de retomada
atualmente em curso.

Mercado Corporativo:

EMPRESAS TÊM ATÉ HOJE PARA ENTRAR EM CONSÓRCIO COM ELETROBRAS

Hoje, às 17 horas, vence o prazo para as empresas privadas confirmarem com a Eletrobras que
se juntarão às subsidiárias da estatal para montar consórcios na disputa pela usina de Belo
Monte. Dois consórcios devem ser formados, na avaliação do presidente da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Até agora, apenas um consórcio indicou que quer a
parceria. É o grupo formado pela Andrade Gutierrez, Vale, Votorantim e Neoenergia. O outro deve
ser liderado pela Andrade Gutierrez e a Odebrecht. A terceira formação seria a partir da Suez.
Após manifestarem o interesse hoje, as empresas privadas terão de formalizar seus consórcios
por meio da internet nos dias 13 e 14 de abril. O comunicado deve ser feito à Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel).

CONTROLADORA DA TRACTEBEL DEVE ANUNCIAR HOJE DECISÃO SOBRE BELO MONTE

O presidente da GDF Suez para América Latina, Jan Flachet, disse ontem à noite, durante
abertura do Fórum Econômico Mundial na América Latina, que a empresa ainda está avaliando se
irá participar do leilão da usina de Belo Monte. Sem descartar ou confirmar a participação da
Suez, Flachet frisou que é preciso ter cautela para tomar uma boa decisão, e acrescentou que o
forte crescimento da economia brasileira deverá oferecer novas oportunidades de investimentos à
frente.

BRASKEM VÊ ALAVANCAGEM EM 3,5X APÓS AUMENTO DE CAPITAL E AQUISIÇÕES

O processo de expansão da Braskem, que anunciou no início deste ano a aquisição de ativos da
norte-americana Sunoco Chemicals e de companhias da brasileira Unipar, incluindo a Quattor,
não deverá resultar em elevação substancial do endividamento da petroquímica. A relação entre
dívida líquida e Ebitda deverá ficar entre 3,3 vezes e 3,5 vezes conforme o resultado da operação
de aumento de capital da companhia que deverá ser concluída no começo da próxima semana.

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